À resistência fria da pedra, se opõe um corpo-objeto do próprio artista como quem questiona a memória do tempo sobre a vulnerabilidade do ser e a perenidade do que não nos é tangígel. Sobre a pedra surgem ardis de floras, vestígios de esqueletos que, esquecidos dos corpos que os abrigavam, agora invocam a temporalidade que os tornarão sedimento inquebrantável, magma, pedra absoluta. E quando a pedra parece não ceder aos lamentos urgentes do que é humanamente orgânico, eis que a natureza do inefável, do não bruto, como a água e o vento, a esculpem e a conformam ao sabor dos destinos das coisas leves e voláteis. A dureza da pedra se rende ao afeto cálido do que é presente e não visível. Não enfrente-a. Freqüente-a. A matéria da pedra é a memória do mundo.
ITA IEZU KAERU
À resistência fria da pedra, se opõe um corpo-objeto do próprio artista como quem questiona a memória do tempo sobre a vulnerabilidade do ser e a perenidade do que não nos é tangígel. Sobre a pedra surgem ardis de floras, vestígios de esqueletos que, esquecidos dos corpos que os abrigavam, agora invocam a temporalidade que os tornarão sedimento inquebrantável, magma, pedra absoluta. E quando a pedra parece não ceder aos lamentos urgentes do que é humanamente orgânico, eis que a natureza do inefá
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