O livro Valfrido? une, embaralha e questiona os universos de ficção e não ficção ao apresentar o relato de uma história entregue por malas diretas e placas de rua para nove mil pessoas (que não a solicitaram) e que, aqui, serve também como ponto de partida para outra narrativa, na qual temas como a relação entre texto e design são discutidos livremente.
Em fins de outubro de 2015, os moradores de nove mil residências nos bairros de Santa Cecília e Higienópolis, região central de São Paulo, passaram a receber em suas casas folhetos entregues por mala direta, denunciando os supostos trambiques de um certo Valfrido. Pouco mais de um mês e dez folhetos depois, tudo se encerrou. Sem explicações ou, ao menos, algum final minimamente conclusivo. Conforme a história criada pela sequência de folhetos avançava, objetos nela mencionados começavam a surgir, aqui e ali, pelas ruas ao redor, complementando a narrativa.