Tem poeta pra tudo nesse mundão do demodeus. Tem aqueles que não valem o que comem. Tem uns e outros que o que fazem já foi feito antes e bem melhor. Tem também os idiotas da subjetividade que acham que escrever em dialeto pra meia dúzia de vagabundo s não é chafurdar na merda. Mas o que mais tem é poeta onanista ortodoxo, sonhando com taças peludas em céus de veludo, sob uma baita dor de corno. Com esses aí de cima, o bom mesmo é manter distância segura, um pé à frente e outro mais ainda. Mas ne m tudo é cópia e mistificação, existem os poetas-inventores, aqueles que abrem os próprios caminhos e não seguem nem suas próprias pegadas. O Sérgio Viralobos é um desses, com uma vantagem a mais: além de poeta-inventor é um profeta que, aleluia!, vive de mala e cuia na casa do senhor! Pra você que está chegando agora, cuidado. É que a linguagem desse cara beira sempre o precipício e você vai ficar realmente abismado ao saber como a simplicidade pode ir fundo e subverter a superfície de todas as coisas deste e do outro mundo. Bofetadas no gosto público? Pode até ser, mas antes mesmo de você se sentir completamente nocauteado, vai ouvir o Sérgio Viralobos rir, rir como Henri Heine ria, porque ele sabe que a alegria do circo é ver o palhaço pegar fogo e incendiar o público todo. E, além de não lhe dar a outra face, é bem capaz de uma última rimada, linda de se ver, bem no meio da sua fuça.
PIADA LOUCA SERGIO VIRALOBOS
Tem poeta pra tudo nesse mundão do demodeus. Tem aqueles que não valem o que comem. Tem uns e outros que o que fazem já foi feito antes e bem melhor. Tem também os idiotas da subjetividade que acham que escrever em dialeto pra meia dúzia de vagabundo s não é chafurdar na merda.
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