Europa, 1819: a literatura romântica ganha força, e o jovem casal Mary e Percy Shelley encontram-se no centro do Romantismo inglês. Dois anos após escrever a sua obra-prima, Frankenstein, Mary canaliza a dor que sente pela morte de sua filha bebê e escreve a novela que a Editora Poetisa lança agora: Mathilda.
Engavetada por quase 140 anos, foi apenas em fins dos anos 1950 que Mathilda veio à tona. A explicação é simples: trata-se da história de um pai que se apaixona pela filha com quem nunca conviveu – a Mathilda do título –, um amor que ambos repudiam e que os levará a uma culpa destruidora. O tema polêmico impediu que o livro fosse publicado no século 19.
Mas o texto de Mary Shelley, poético e açucarado, condiz com o Romantismo. Não há nada que possa ferir a sensibilidade do leitor atual – apenas comovê-lo. Sua importância histórica, particularmente, é inegável.
Com tradução da Profa. Dra. Selma Vital e posfácio da psicanalista Anna Carolina Scheuer, a edição cuidadosa traz notas explicativas e dá ao leitor a oportunidade de mergulhar no mundo atormentado da grande escritora romântica.
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